segunda-feira, 18 de junho de 2012


Painel no corredor de acesso ao Pavilhão T no Riocentro

Riocentro

Em visita ao Riocentro, local onde pesquisadores das mais variadas áreas e vertentes debatem os principais temas ambientais e suas possíveis soluções. É, também, o local onde se reúnem, paralelamente, governantes e autoridades de todo o planeta a fim de estabelecer parâmetros, critérios e metas a serem estabelecidas e cumpridas nas próximas décadas, esta conferência, porém, é fechada ao público.

Representantes do CATM na entrada do evento

Dentre as várias opções de palestras pelo recinto, acompanhamos  pela parte da manhã  a discussão sobre a Carta da Terra, que tem o intuito de promover a transição para formas sustentáveis de vida e de uma sociedade global fundamentada em um modelo de ética compartilhada, incluindo o respeito e o cuidado pela comunidade da vida, a integridade ecológica, a democracia e uma cultura de paz. Para tanto, estavam presentes pesquisadores, líderes religiosos e entidades governamentais como era o caso do ministro Herman Benjamin, que iniciou seu discurso contestando o fato de o país estar gastando 250 milhões de reais com o evento, que está sendo pago por nós, brasileiros, ressaltando assim a importância das tomadas de decisão por parte dos governantes para que a população não perca duas vezes, já que o fracasso da conferência aumentaria os problemas socioambientais para as gerações futuras.

Governantes, autoridades e academia durante debate 


Saguão principal de exposições no Riocentro
Segundo, Klaus Bosselmann, professor da Universidade de Auckland, regras formas culturas; boas regras criam bons hábitos sociais, porém, regras ruins criam o chamado contra hábito.  Este fenômeno joga a sociedade contra estas praticas, tendo-se o efeito oposto ao esperado. As medidas e decisões que veem sendo tomadas estão tendo esta conotação. O grande problema deste fenômeno, segundo o pesquisador, é que em um futuro próximo,  em uma próxima conferência a geração que está crescendo agora terá conceitos fracos e falhos acerca das questões mais críticas relacionadas às questões ambientais. “Não se deve levantar bandeiras e brigar por causas independentemente. O problema não está só na água, nem só nas matas e nem no ar. Vivemos em um planeta integrado onde os fenômenos naturais envolvem todos os parâmetros ambientais e estão relacionados ao social já que o ser humano nada mais é do que uma parte deste complexo sistema”.





Na sequência, acompanhamos o painel “Produtores Rurais discutem o futuro com Soberania Alimentar e Agroecologia”, onde especialistas explanaram sobre a complicada situação atual referente ao uso e ocupação da terra em um cenário onde pela primeira vez tem-se uma população mundial urbana superior à rural.
Quadro relacional dos principais agravantes ambientais


 Acredita-se que em 2050, seis bilhões de pessoas (70% da população) estarão vivendo nas grandes cidades, o que acarretaria no aumento significativo da área urbana e, consequentemente, a diminuição das áreas rurais, produtivas inclusive. Com isso, as áreas rurais tendem a  avançar  sobre as áreas de preservação, prejudicando a qualidade de corpos hídricos, a biodiversidade, os solos e o ambiente como um todo. Isso ficou ainda mais  evidente com a crise de 2008, onde a redução da importação de alimentos por parte dos países desenvolvidos ocasionou uma diminuição da disponibilidade dos alimentos, já que nestes países as áreas produtivas são reduzidas. 

Duas das soluções apresentadas foram o uso de novas tecnologias para o plantio urbano em pequena escala, como a hidroponia, e as agroflorestas, que consiste na utilização dos recursos naturais de forma que estes facilitem e melhorem a qualidade da produção sem ter seu mecanismo natural alterado.
Quando questionamos se tal meotodologia funcionaria nos biomas brasileiros, obtivemos que em biomas muito fechados, como o amazônico, isso se torna inviável, já que a floresta é muito densa, mas que em regiões como o pantanal e o cerrado, a vegetação menos densa permite o plantio de culturas como o arroz.


domingo, 17 de junho de 2012

Exposição do Humanidade 2012



            Em termos gerais pode-se dizer que a exposição explorava todos os sentidos os seres humanos e recursos tecnológicos de modo a obter uma interação entre público e os temas explorados. Montada no Forte de Copacabana, ela dispunha de vários ambientes proporcionando aos visitantes sensações, emoções e conhecimentos diversificados.
Sala 1 - Parede representativa dos resultados das ações humanas
                A primeira sala, denominada “Sala do Mundo em que Vivemos”, tem como objetivo representar o planeta na forma em que ele se encontra nos dias de hoje; tal representação, entretanto, não foi realizada na forma convencional, a ideia do antropoceno foi comporta por um conjunto de sons, desenhos, luz e máquinas. No teto estavam desenhadas pegadas, cada qual representando a população existente; em uma das paredes havia uma máquina incumbida de mostrar o resultado das ações humanas, ou seja, através dos borrões e apagões, por ela proporcionados nos desenhos da parede, verificava-se os resultados das ações humanas no planeta, ações essas que o danificam de forma acentuada. Na parede oposta estavam as criações humanas, fatores e ações que resultaram na composição do mundo em que vivemos hoje.
Sala 2 - Painel a referente ao petróleo.
               

  “Sala Mundo Dividido” apresenta em diversos painéis, contagens em tempo real de vários números com os quais vivemos diariamente, mesmo se saber. Estavam entre eles: número de nascimentos hoje, dias até acabar o petróleo, população do mundo neste momento, etc.



Sala 3 - Parede representativa da sala
    O terceiro ambiente: “Sala Homem e suas Conexões”. Local escuro, parede preta com escritas em línguas variadas fazendo referência às relações dos homens com o ambiente no qual está inserido, palavras em destaque, cartazes inseridos nas paredes de modo que retratassem de forma detalhada algumas relações, esse era o ambiente montado para mostrar a relação de desejos e necessidades dos seres humanos e os meios de produção industrial, tecnológica, educacional e artística.
                
         Por meio de efeitos sonoros, de cor e visual foi representada uma floresta na “Sala de Biodiversidade Brasileira” na qual procurava-se evidenciar o grande potencial da diversidade dos biomas. Era tema também do local, a atuação dos homens nos últimos 200 anos, sua ação modificadora dos ecossistemas e a necessidade de uma atitude imediata de toda a sociedade.
Sala 4 - Diversidade Humana Brasileira
                
              A sala de “Diversidade Humana Brasileira”, por sua vez, teve como objetivo mostrar a infinidade de ramificações que compõe a população nacional por meio de cubos com palavras distintas provindas de diferentes locais da Terra. Ela contou ainda com o auxílio de um jogo de cores e espelhos para enfatizar a proposta.

             A sexta sala é a “Produções Humanas”. Destacou-se ali a indústria e suas ramificações, a partir das megacidades e do aumento populacional mundial, necessidade de abastecimento de energia, comunicação, água, esgoto, alimentos, transporte, resíduos, etc.
Sala 5 - Produções Humanas
Sala 6 - Rio de Janeiro
                Com recurso 3D, o Rio de Janeiro foi representado na sétima sala como sinônimo de samba, sol, carnaval, mar, natureza e cidade.

                O sol foi o escolhido como representante das forças da natureza na “Sala Indivíduo e as Forças da Natureza”. Através da exploração dos sentidos, os visitantes experimentam uma simulação dos efeitos naturais.

                “Sala Museu do Amanhã”: a sala propõe um passeio pelo conteúdo do Museu do Amanhã, um museu de ciências diferente, onde o visitante se verá diante de um leque de possibilidades para que ele possa refletir sobre suas escolhas para o futuro. Esse local já se encontra em período de construção.

Terraço do Olhar
                Para finalizar a exposição, é realizada uma observação em tempo real e ao vivo das ações do homem no meio. O “Terraço do Olhar” gerará emoção nos que ali passarem em detrimento da paisagem observada.

Fair Ideas - PUC RIO

Plenary: Better lives, smaller footprints


Segundo painel : Better lives, smaller footprints


Camilla Toulmin (chair), Director, IIED

Foi discutido primeiramente como construir uma economia justa que lida com os limites do planeta. Como sabemos, muita coisa mudou desde o Rio92, a população aumentou e muitas pessoas que estavam na linha da pobreza estão a caminho de sair dela; em contrapartida, as lideranças mostraram claramente que os danos continuam acontecendo para as florestas, águas e para a natureza de forma geral. 

A sustentabilidade faz referência à base da sociedade, ou seja, o desenvolvimento sustentável como um todo é o responsável pelo futuro de todos; é preciso ainda apoiar as comunidades de diversos locais, pois são estas as responsáveis por cuidar do meio no qual estão inseridas. 

Investir na educação é sinônimo de proporcionar conhecimento às pessoas de modo que estas compreendam as mudanças que estão ocorrendo tanto em âmbito político como social. Tomando por exemplo, podemos dizer que é preciso vários canais pequenos que deem apoio em vários locais diferentes, aumentando então a politica de diversificação. 

Colocar valor a natureza é um meio indução de melhores decisões; é a economia de um novo século movendo a valorização do que realmente nos interessa, progredimento para uma melhor direção. 

Essa primeira parte da palestra foi então concluída através da afirmação: “independentemente do que aconteça, todos reconhecem que precisa de mudança, e essa mudança deve ser realizada em conjunto”. 


Achim Steiner, Diretor executivo do programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 

Começou-se falando a respeito da governança, correlacionando-a a outros temas que interferem no desenvolvimento dos projetos. Podemos culpar os políticos pela forma errônea de se conduzir as decisões do país, mas fomos nós que os elegemos, sendo assim os verdadeiros políticos e também os tomadores de decisões somos nós. 
É importante o censo comum de responsabilidade. 
A palestra foi conduzida em cima da ideia de que existe uma pegada ecológica muito grande em um mundo pequeno. 
É obrigação de países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento, se adaptar à nova mentalidade sócio sustentável de modo que garantam, além de suas necessidades e interesses como o bem-estar do planeta.


René Castro Ministro do Meio Ambiente e Energia, Costa Rica 

Constatou-se que o palestrante acredita que todo o conteúdo visto e debatido na Rio 92 ficou apenas em plano teórico, relatórios e expectativas expostos não entraram passaram de um pensamento divulgado. 

O que se fez inicialmente era proteger os parques e algumas reservas, porem com o constante crescimento das atividades agronômicas ,mudou-se para propriedades, e problemas, maiores. Os fazendeiros acreditam que enquanto eles estão desmatando e posteriormente plantando eles estão contribuindo para a produção de oxigênio, porém essa ideia é errônea. Deve-se repensar em como usar os produtos da floresta, de modo que o uso dessa seja decrescente. 

Assim, o Professor explanou como foi a experiência vivenciada por ele na Costa Rica, onde foi possível conciliar o crescimento da atividade agronômica com a preservação das florestas, contribuindo para a segurança alimentar e aumentando as áreas de proteção ambiental.


Kate Raworth, Pesquisadora Senior Oxfam Gb, Reino Unido 

Segundo Kate, os economistas conservacionistas seguem The circular flow of Money and goods muito a risca, sem levar em consideração outros fatores que afetam o ciclo econômico, como os recursos naturais, a poluição gerada,a economia não paga (trabalho não pago, mas de valor, como cuidar da casa e da família enquanto outras pessoas da familia geram a ‘economia’, trabalhando) , desigualdade social (gerada pelo pagamento inadequado). 

Essa idéia está intrínseca em todos, mas não temos ideia disso.
Modelo seguro sugerido por Kate
Assim, ela sugere transformas o fluxo em um grande ‘donuts’: The Diagrama Nine Planetary Boundaries, onde temos a área  verde no centro d ‘rosquinha’ e a área de segurança ao seu redor, onde deveríamos estar.
Para isso, temos que ter um desenvolvimento econômico igualitário, trazendo isso para o centro das discussões.
Para entender de economia, primeiro você deve entender sobre o ambiente, as pessoas, e como tudo isso interfere no processo econômico.

Johan Rocktrom, Diretor executivo,  Stockholm Resilience Centre, Suécia

Quais são os processos do sistema planetário que cuida de sua sustentabilidade.
Antropocena: a analise dos limites planetários vem de antes.Todos o gráficos vistos estao mostrando uma pressão muito forte sobre o planeta devido ao crescimento, chegando então ao ponto crucial ao seu humano.
Não existe razão cientifica para não ação, é preciso se mover. A biosfesra é crítica para o bem estar humano.
A ciência esta avançando o tempo inteiro.

A perda da biodiversidade: existe um limite? 
Sim, estamos dentro de 1/6 de espécies extintas, como visto no Brasil. Existe todo um questionamento em cima disso, tanto pelos EUA, assim como pelos países pobres, é preciso estabelecer uma divisão mais justa de todo esse espaço global, compartilhando orçamento de recursos. Esse desenvolvimento deve ser para o mundo.

Como nós saímos da consciência para a ação? Relacionada com a politica do governo assim como com as outras organizações?
Vivendo uma batalha e luta política, pessoas que querem desesperadamente a mudança no governo assim como a sociedade, todavia existe outro grupo de pessoas que querem comprar seus próprios bem sem melhorar, sem tem uma economia mais eficiente. É preciso fazer essa batalha de interesse, podendo ser ela racional com pesando dos pros e contras e pode ser mais conflituosa. Com a falta de progresso vista no momento, acreditasse que será a segunda opção.



FairIdeas - PUC RIO

Painel:Transformando a Inovação para a Sustentabilidade

Palestrante: Melissa Leach, Johan Rockstrom, Lidia Brito e Glauco Arbix

Glauco Arbix, presidente da FINEP
Segundo Melissa, devemos lembrar sempre que os limites planetários não são  estáticos.. Assim, de nada vale avaliar as mudanças dos últimos 20 anos, se não analisarmos  as mudanças dos últimos 40 anos.É hora de pensarmos mais criticamente a respeito sobre a inovação, para que possamos capacitar a população humana e transformar o modo de ‘fazer’ a inovação!

Para isso, devemos ter uma viso em 3D, ou seja, visando a  Direção, Diversidade e Distribuição.

A Direção nos garante a claridade dos objetivos que levam a inovação e nos leva agir dentro do espaço seguro para a aplicação da inovação.

A Diversidade, ou seja,a  pluraridade de valores, garante que o seu projeto resista ao travamento, responda a variedade de contextos e valores e resista às incertezas.

A Distribuição preza pelo compartilhamento das operações seguras entre as pessoas, países e instituições.
‘Pensar em inovação não é só pensar em tecnologia, mas também no lado sociopolitico’ , disse Melissa.
Já segundo Johan Rockstrom, é no auge da crise que as ideias inovadoras surgem, porem, todas as pessoas devem estar capacitadas tecnicamente para quando a crise surgir, e a janela se abrir, criar uma ideia inovadora.
Lidia Brito nos afirma ainda que de nada adianta se pensar nos caminhos para ideias sustentáveis se a comunidade não vivem de maneira sustentável.
Glauco Arbix, Presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), afirmou que, atualmente, o Brasil está investindo muito mais na inovação da tecnologia do que no passado. Essa mudança na forma de investimento está diretamente relacionada às novas formas de energia que o Brasil está desenvolvimento, como o projeto ETANOL e a energia eólica.



Museu do Universo - Planetário do Rio de Janeiro

Sapatos feitos a partir de fibra de naterial natural, como a soja
Em visita ao Museu do Universo, nos deparamos com a exposição das atividades desenvolvidas nas escolas municipais do Rio de Janeiro pelas crianças de 4 a 12 anos, com atividades de reciclagem e educação ambiental.

Além disso, tivemos a oportunidade de conhecer os sapatos produzidos a partir de fibras naturais, como soja e bambu. 


Artigos da Casa Sustentavel

Desenhos que as crianças envolvidas fizeram sobre o tema Rio+20

Maquete sobre cidades sustentaveis feitas pelo projeto



FairIdeas - PUC RIO

Palestra ministrada por Nnimmo Bassey, Chair, Friends of Earth International              

Fair Ideas - PUC RIO: Ideias Justas para um mundo sustentavel
Ao desenvolver da palestra colocou-se em pauta a necessidade de se falar em energia sustentável, mas não somente falar, mas pensar a respeito dela antes e depois do evento realizado no Rio. O fato de se pensar nessa  alternativa já se mostra uma boa opção; é tempo de refletir a forma com que o mundo tem se desenvolvido.
                Discutiu-se a respeito da forma com que a energia tem sido utilizada, tanto nos países como a Nigéria e Venezuela, mas também em países como o Canadá, ja que em todo local se paga pela energia utilizada, é o povo que a subsidia, desse modo a energia sustentável seria benéfica tanto em termos ambientais como econômicos e sociais.
                Existem três partes do desenvolvimento sustentável: justiça social, responsabilidade e produção. O que ainda falta é a parte política do processo, é o engajamento por parte das pessoas; se fala muito em economia verde, porém não se apresenta uma solução clara a respeito de tal, é preciso que todos façam parte desse desenvolvimento de modo a colocar a sociedade na direção, considerada pelo palestrante, certa.

                Avaliar o passado é uma solução para melhorar o futuro.

                Questionou-se a respeito do novo código florestal relacionando-o com a Amazônia. Em resposta, verificou-se que o palestrante acredita que na decisão governamental existiu bom equilíbrio entre as questões econômica, ambiental e social; sendo essa em detrimento a relação entre a reposição ambiental em áreas degradadas e o aspecto social. A medida tomada foi a elaboração de faixas de terras em locais previamente degradados, as quais podem ser aproveitadas pela população sem acarretar na degradação ao meio.

Representantes do CATM no primeiro dia de FairIdeas
                Perguntou-se ainda sobre a coerência política, especificamente a respeito do transporte público. Observou-se um consenso da mesa em relação à resposta, na qual se afirmou que o transporte público deveria ser prioridade máxima, principalmente nas metrópoles onde o transito é caótico. Tal decisão e ação por parte dos governamentais não é uma atividade simples, pois se trata de uma decisão coletiva, envolvendo não somente governos federais, estaduais e municipais como também a sociedade em questão. 

sábado, 16 de junho de 2012


Boa noite! Hoje estivemos no campus da PUC-RJ para participar do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. O evento foi iniciado no último dia 11 (segunda-feira) e tratou das mais relevantes questões ambientais que se mantém em foco. Hoje, sexta-feira (15), o foco da discussão foi a economia verde e a reavaliação dos modelos sociais e econômicos em que vivemos. A discussão foi iniciada com a presença de entidades de todo o mundo e com diferentes pontos de vista sobre o tema.

O debate foi dividido em duas partes principais referentes à economia verde, sendo elas:

·         Economia Verde: ajudando ou freando o desenvolvimento?
·         Economia Verde: novos indicadores de progresso.

A ideia de uma economia verde tem provocado uma discussão em torno da influência desta: se implica na desaceleração do crescimento ou se é um fator de crescimento. Foi ponderado na discussão o fato de que certos padrões podem limitar o crescimento através da imposição de custos adicionais sobre a atividade econômica em padrões ambientais mais altos e os impostos de carbono. No entanto, também podem facilitar o crescimento através da abertura de novos mercados e o incentivo a novas tecnologias. A partir de tal conceito, algumas questões foram levantadas:

-Existem oportunidades renováveis realmente novas ou os recursos dos governos estão destinados a outras questões?

-A disparidade entre hemisfério Norte e Sul, devido ao modo como a economia se desenvolveu no hemisfério norte, faz com que as questões ambientais freiem o desenvolvimento do sul?

A partir de pontos de vista de membros da academia, política e sociedade mundial levantaram-se aspectos socioambientais, considerados os mais relevantes e de maior emergência. A mentalidade do sistema socioeconômico em que vivemos foi apontada como um dos principais fatores de degradação, uma vez que se incentiva a um consumo desnecessário e a necessidade da população por novos produtos que fazem com que o tratamento de resíduos seja cada vez mais complicado, devido à imensa variedade de materiais. Logo, não se trata de investir mais ou menos dinheiro em políticas sustentáveis, mas sim de mudar o modo como encaramos o ambiente, de forma que a visão econômica não seja a majoritária, impedindo que os danos sejam quantificados e avaliados a partir de um valor material (preço). Essa mudança de conduta faria com que em momentos de crise os países não se afastassem de políticas sustentáveis e isto é permitido pela Economia Verde uma vez que respeita os limites de recursos do planeta.

Segundo a academia, há um fenômeno preocupante ocorrendo nos países desenvolvidos em crise, no qual a ciência vem sendo posta em questionamento por corporações que vão na contramão do desenvolvimento sustentável, alegando que tais políticas freiam o desenvolvimento nacional, o que é controverso, segundo eles, já que estes países em desenvolvimento (BRIC) enfrentam graves problemas de tráfego nas grandes cidades e mesmo assim tem-se o incentivo à compra de automóveis por meio dos governos. A teoria foi desmentida pelos presentes que evidenciaram que o desenvolvimento de um país está diretamente relacionado com sua sustentabilidade ambiental, social e econômica, estando os três setores diretamente relacionados.

Por fim, os membros do fórum deixaram como principais sugestões à Cúpula dos Povos a criação de uma entidade internacional responsável pela regulamentação, manutenção e preservação do planeta, com o objetivo de integrar governantes em uma tarefa que transponde os territórios nacionais e por isso, mais do que nunca, se trata de um problema global complexo que exige medidas complexas de forma a integrar políticas públicas em diferentes escalas e fortalecer e dar respaldo às evidencias científicas de modo que estas sejam realmente compreendidas pela sociedade civil e possam ser postas em prática.
Os debates foram encerrados com a mensagem de que prosperidade consiste em viver bem respeitando as limitações ecológicas de um planeta finito.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Boa noite pessoal! Acabamos de chegar aqui no Rio! Abaixo o Cronograma dos eventos em que nós participaremos no Rio+20! O presidente do CATM chegou hoje cedo e já participou de palestras. Logo mais soltaremos uma postagem das palestras que foram assistidas hoje no campus da PUC-RJ!